Faz quase 1 mês que ele se foi e eu achei que conseguiria
sair ilesa... Depois de ter vivenciado algumas experiências, digamos marcantes
(no mínimo) nos últimos 6 meses, achei que nada mais me abalaria tão profundamente.
Estava enganada...
Por mais difíceis que tenham sido as despedidas de minha mãe
e de minha avó postiça, foi exatamente o tempo que tive para me despedir que me
deu uma certa tranquilidade para seguir em frente. E, no entanto, foi ao perder meu grande amigo
e companheiro de quatro patas que me vi completamente sem chão e sem saber o
que fazer. Sim, estou falando dele, Fausto, o melhor e mais incrível meio-labrador
que já se viu por aí, o cachorro cor de fogo, marrom-queimado, dono de patoninhas
e sobrancelhas louras que expressavam cada uma de suas emoções caninas e lhe
davam uma impressão quase de gente. E vc pode dizer, “poxa, mas era só um
cachorro”!
Realmente, era só um cachorro, mas ainda assim era um amigo.
O mais fiel e leal de todos eles: aquele que nunca cobrava, só dava; que me
ensinou como é ter responsabilidade sobre um outro ser; que me mostrou o
significado daquele tipo de amor que não pede nada em troca. Foram 8 anos de uma
feliz e incrível convivência, mas eu ainda tinha tantos planos pra nós!
Apesar de todas as aventuras já vividas, que incluem um dedo
quebrado e torto pra sempre e uma mijada para “me” demarcar como território,
além de uma luta contra a síndrome da cauda equina, eu não tinha me preparado
para dizer adeus, não ainda, não tão de repente... mas aconteceu, quando a
gente menos esperava.
E mesmo assim, eu me obriguei a seguir em frente sem dizer nada, afinal eu já estava calejada, não estava? Havia passado por coisas piores.
Acontece que eu não sou do tipo que guarda, só compartilho. Preciso
me expressar e jogar minha experiência para o mundo, mas na ânsia de ser forte
e não me deixar abater, acabei me esquecendo desse lado tão inerente de minha
própria condição. E só agora, quase 1 mês depois de sua partida, quando esse nó
no meu peito ameaça crescer e querer explodir, me dei conta de que tinha
deixado passar uma lição muito importante: “Hay
que endurecer, pero sin perder la ternura jamás”. E aí, eu entendi tudo! E
resolvi (voltar a) escrever...
Esse post marca também o início de uma nova fase para o
blog. E se antes ele era um blog quase que só de moda, cada vez mais ele passa
a ser um blog sobre a vida, um diário, uma ferramenta de trabalho e expressão, um
lugar pra dividir as minhas impressões e meu modo de ver a vida, que sim, continua
cor de rosa.
Afinal quando a gente nasce pra fazer alguma coisa, é isso
que temos que seguir fazendo e escrever é mesmo o meu barato.
Se você procura reflexão e também diversão, se quer rir ou
chorar um pouco também (porque não?), sinta-se convidado a fazer parte deste meu
admirável mundo novo.
Bjinhos e até o próximo post!
Triste por você. Força sempre!
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